Festival de Curitiba

fevereiro 27, 2014

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Festival de Curitiba 2014, o premiado monólogo “Corrente Fria, Corrente Quente” é destaque na mostra Fringe. A peça será apresentada na Casa Hoffmann, com entrada gratuita, no dia 29 de março (sábado), às 13h, e dia 30 de março (domingo), às 19h. Todos convidados!

Iluminador de “Corrente Fria, Corrente Quente”, e também das peças “Abajur Lilás”, “O Tesouro da Família Goldbeleski” e “Post Mortem” , todas em cartaz no Festival de Curitiba, Valter Dorte fala sobre sua trajetória artística
Fotos: Franco Caldas Fuchs
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Neste Festival de Curitiba, a luz dos espetáculos “Corrente Fria, Corrente Quente”, “Abajur Lilás”, “O Tesouro da Família Goldbeleski” e “Post Mortem” foram criadas por ele: Valter Dorte. Nascido em Siqueira Campos, Valter também é ator, formado em teatro pela PUC-PR.

Em “Corrente Fria, Corrente Quente”, desde o início do ano, ele explora múltiplas possibilidades de luz, mais adaptadas a espaços alternativos e à proposta intimista dessa montagem. Na entrevista a seguir, saiba mais sobre a sua trajetória nos palcos.

Valter, você se lembra da primeira peça que te marcou como espectador? E qual foi sua primeira experiência fazendo teatro? Foi uma peça na praça de Siqueira Campos, onde eu morava. Era em um ônibus palco. Não lembro o nome da peça, mas lembro que era infantil e havia uma multidão vendo. Já o primeiro contato como ator foi no colégio, fazendo teatro em sala de aula. No Terceirão fiz algumas apresentações em um evento dos alunos sobre a semana da arte moderna. Nesse evento eu recitava um poema e ia tirando a roupa.

Como ator, até agora quais foram as peças mais importante da sua trajetória? A primeira foi “Clarice”, primeira peça que apresentei em um palco. Isso foi em 2006, em um projeto do Teatro Guaíra com o governo chamado Paranização. Nesse projeto, professores e diretores davam aulas e ensaiavam uma peça que seria apresentada em um festival. Com isso se formou um grupo com o nome de “Se-queira em cena”. Em “Clarice”, o diretor foi o Rogério Soares. Em 2013, ele ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Teatro de Paranaguá. Outros espetáculos importantes para mim foram “Companhia Frazão” e “Fando e lis”. Na Frazão eu comecei como o Frazão e depois fiz o papel de Eduardo. Em “Fando e lis” eu fiz o Fando.

E quando você começou a trabalhar com iluminação? Meu contato inicial foi no primeiro ano da faculdade, em 2010. Comecei ajudando a montar a luz de nossa primeira prova pública no Tuca, o teatro da PUC. O Alex, técnico de lá, me deu as primeiras instruções. Era a peça “Claro”, do David Ives. A partir dai comecei a me interessar mais por iluminação. Depois disso, fiz vários cursos.

Como iluminador, o que você busca atingir? O que mais me interessa é explorar varias formas de iluminar e saber o que mostrar para o público. A ideia é fazer uma iluminação que contribua com o espetáculo, agregando e não sobressaindo.

E o gosto por usar equipamentos menos convencionais? Na apresentação de “Corrente Fria, Corrente Quente”,  na Casa Hoffmann, por exemplo, você criou uma estrutura com luzes incandescentes comuns – o que, aliás, ressaltou um clima intimista, familiar da montagem.  Você pode falar um pouco sobre experiências como essa? 
Sempre gostei de construir coisas e experimentei isso ao atuar como iluminador na faculdade. No primeiro semestre de 2012, por exemplo, tínhamos uma prova pública do 5° período, mas  não nos deixaram usar os equipamentos de luz do laboratório. Então fizemos uma vaquinha e compramos alguns refletores de jardim. Aí pendurei pela sala e liguei as extensões em uma mesa improvisada que o Pazello me emprestou. Ela era feita com interruptores convencionais de casa. Eu montei tudo com a ajuda de um colega de sala, o Luann Vianna.

Você sente que a falta de dinheiro estimula mais a criatividade do iluminador? Com certeza. Eu sempre pesquiso e imagino formas de iluminar com o mínimo de gasto. Em compensação, quando há bastante equipamento eu me sinto como a criança que ganhou um brinquedo novo. Mas essa não é uma realidade muito comum. É difícil ter todos os equipamentos que seriam ideais. Apesar disso, sempre penso primeiro em como seria a iluminação ideal e, a partir disso, faço as adaptações nos espaços e nas condições que tenho.???????????????????????????????

Em “Corrente Fria, Corrente Quente” estamos sempre testando coisas novas e agora contigo experimentamos novas possibilidades de luz. O que você pode comentar sobre o trabalho nessa peça?
“Corrente Fria, Corrente Quente” é a peça que mais pesquisei formas de iluminação e ainda há muito para se testar ainda. Os desafios estão na forma de adaptar a luz e usar os recursos disponíveis em espaços mais alternativos, que variam constantemente. Até agora fiquei feliz com a forma prática que arrumamos para iluminar a peça onde não existiam estruturas próprias para luz teatral. Imagino que a luz estará sempre em evolução junto com a peça como um todo.

E qual é a sua expectativa para o Festival de Curitiba?
Expectativas mil! Criei a luz de quatro peças e vou operar a luz em duas. Em “Post Mortem” eu faço a iluminação em cena. Serei iluminador performer.

Por falar em performer, você pretende retomar seu trabalho como ator? Qual é o prazer de cada uma das artes que você exerce?
Vou continuar atuando e inclusive já tenho projetos novos. Posso dizer que fico pilhado com as duas coisas: atuar e iluminar. O barato de atuar é sentir aquele frio na barriga, os olhares do publico em você, o aplauso no fim da peça. E na iluminação você sente uma adrenalina da insegurança: será que vai funcionar? Será que a luz vai entrar na hora certa? Será que o público viu o que queria mostrar? E a melhor coisa é ouvir que a sua luz contribuiu com o espetáculo. Não ficou nem melhor e nem pior. Ficou boa junto com a peça toda.

Além de trabalhar com teatro você já teve várias outras profissões, certo? Como foram essas experiências?
Tenho 25 anos e trabalho desde os 11. Dos 11 aos 18, trabalhei na loja da minha família em Siqueira Campos. Depois que vim para Curitiba em 2007, fiz de tudo um pouco. Fui metalúrgico, vendedor, fiz freelances. Sempre tentando conciliar com a faculdade e o teatro. Até que um dia larguei tudo e fui tentar viver só de teatro. Estou até hoje. Não consigo largar mais. É o que sei fazer e é o quero fazer sempre.

Início da temporada 2014

fevereiro 27, 2014

O ano de 2014 começou intenso para o espetáculo “Corrente Fria, Corrente Quente”.
Em fevereiro o monólogo de Fernanda Caldas Fuchs foi apresentado para crianças do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Guatupê.
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Eseguida, fizemos a minitemporada na Casa Hoffmann:
Foto Cido Marques
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Foto Franco Caldas Fuchs
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Foto Cido Marques
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E logo emendamos com uma apresentação no Teatro Sesi de São José dos Pinhais, um ótimo espaço dessa cidade.
teatro sesi

Agora em em março estaremos no Festival de Curitiba!

Até lá!

Boas notícias!
Após os prêmios recebidos em 2013, a imprensa curitibana deu um grande destaque para o retorno de “Corrente Fria, Corrente Quente” aos palcos em 2014.
O espetáculo esteve na capa do Jornal Metro em 5/02/14!
capa inteira pequena metro
No Guia da Fundação Cultural de Curitiba de fevereiro também recebemos um destaque de duas páginas!

destaque da fundação cultural

Na televisão E-Paraná, a equipe do E-Cultura fez uma ótima reportagem sobre a peça. Assista neste link.
entrevista para educativa
Muitos outros veículos divulgaram a peça (Uol, Gazeta do Povo, Memai…) e agradecemos a todos que ajudam a difundir o nosso trabalho!